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Janela

Serra Negra, 14 de junho de 2020. Oi, como você tá, eu-do-futuro? Espero que bem, vivendo dias "normais", na velha e boa rotina de sempre (olha só, a velha "eu" valorizando rotina e ansiando por ela!). Por aqui, tudo na mesma. Na mesma loucura que começou meses atrás, quando o surreal se tornou cotidiano. Quando o impensável tomou nossa vida de assalto e tudo o que a gente sabe é que não sabe de nada. O dia seguinte? Que dia seguinte? E daí vivo num misto de precaução extrema (sobrevivência) e surtos de porra-louquice (se viver é uma incerteza, bora aproveitar o presente). Ok, a minha loucura é, de certo modo, calibrada, você me conhece... coloco na conta do ascendente Capricórnio. E nesse ímpeto (calculado) de viver o agora, furei a quarentena e vim pra cá, pra Serra Negra. Eu comigo mesma. Pra passar mais um Dia dos Namorados sozinha (4o ano seguido). Mas, pelo menos, acompanhada de novidades. Pra minha surpresa, tudo aberto por aqui (com alguns protocol...

Término de história alguma

Quando a gente termina o que, na verdade, nem começou o vazio é diferente. Porque ele, o vazio, sempre esteve lá. Cheio de vontades desvairadas. De fantasias não realizadas. De um amor que nunca viu um espelho. Então a gente termina: "não quero mais viver de migalhas, acabou". E é hora de esvaziar o vazio. Não alimentar as vontades. Não dar lugar à imaginação. Hora de matar as fantasias (vou sentir saudade...) O que sobra: o vazio. O vazio comum. O nada. Talvez nem o sofrimento sobre. - Espero. É um processo demorado, eu sei. Por que foi muito tempo com fome. E vibrando com cada bocadinho que - vez ou outra - aparecia. Aquele pouquinho que me enchia de esperanças. Sabe? Quando a gente termina o que, na verdade, nem começou a gente começa a se dar valor. E fim.

Quarentena

Isolamento. Isola, mente. Mente que me assola. Somente hoje... Pra sempre? Isola. Nesse isolamento, - desoladamente - só.