25/1 - uma carta de (quase) amor pra SP
São Paulo, Hoje é o seu aniversário - e o desejável era que eu te enchesse de elogios. Que falasse de gratidão, de respeito e de amor. Fiz isso anos e anos, sempre com muita verdade. Mas, Sampa, hoje eu não consigo. Não dá pra te tratar de forma apaixonada. Eu e você, estamos em crise. Claro que ainda existe carinho. Admiração. Amor, até. Mas não daqueles incondicionais. O amor que temos para hoje é: ‘te amo nos finais de semana e feriados’, ‘amo você quando não chove’, ou ‘dentro da segurança do meu apartamento’. Meu amor por você se encontra na patética categoria do “quando”: ‘te amo, São Paulo, quando estou fervendo numa das suas baladas incomparáveis’. ‘Amo quando quero ir ao cinema e sempre encontro uma sessão disponível, quando quero comer e em qualquer esquina tem uma refeição incrível, ou quando vejo que aquela turnê internacional confirma sua passagem por aqui’. Porque é aqui onde tudo acontece, certo? Sim. E daí? Nossa relação hoje é essa, cidade: amo você quando i...